Artistas de rua fazem da Avenida Paulista o seu palco
Jovens artistas fazem da rua sua vitrine e forma de divulgação
Lugares
como a Avenida Paulista são caixa de surpresas fazendo com quem passe por ela
descubra pessoas. E por ser uma das avenidas mais movimentadas da cidade tem
atraído músicos que se apresentam para conseguir dinheiro.
Foto: Bruna Trindade / Músicos fazem das ruas tradicionais de São Paulo sua maior plateia. |
A cada
calçada que se passa podemos desfrutar de uma boa. Cantores amadores,
profissionais, que querem uma experiência nova, aproveitar para ensaiar e ver a
reação direta do público e talvez conseguir dinheiro têm tomado conta do cartão
postal da cidade.
“Às vezes dá para ganhar um bom dinheiro, às vezes não. Mas ajuda principalmente na nossa divulgação” relata Lorena, uma cantora de 24 anos que além de tocar na Paulista faz apresentações em bares e casas de Show. “É muito interessante trabalhar na rua, quem gosta para, canta, dança, aplaude, e quer saber mais sobre o meu trabalho. A maioria das pessoas se impressionam com o repertório por eu cantar Bossa Nova em plena Paulista. ”
“ Nem
todo mundo valoriza a nossa arte, ” conta Abraham, um saxofonista de 24 anos
que para se sustentar também tem que conciliar tocar na rua, bares e casas de
Show, além de dar aulas particulares para se sustentar. “Não dá para viver só
dá rua, tem que ter projetos paralelos. ” Não somente ele como também outros
dependem de trabalhos secundários, pois não dá para se manter somente das ruas.
Os
artistas são independentes e por conta disso sofrem muita dificuldade. Não há
iniciativa pública para que esses cantores e musicistas possam se apresentar em
locais públicos e cheios. “A gente tem que se virar. Não têm tomadas de fácies
acesso para ligar caixa de som e microfone. Eu preciso pagar para o dono da
banca uma taxa para utilizar a tomada para ligar os meus instrumentos e
aparelhos” conta Lorena.
Apesar
dos bares serem palcos um pouco mais receptivos para as pessoas que estão
naquele ambiente, para quem é músico nem sempre é recompensador. “É um público
muito restrito, tem que ter organização, ensaios, os instrumentos e
equipamentos. Existem bares que nem cachê pagam ou pedem que levemos o público,
” descreve Márcio Fulber, um musicista de acordeom, piano, violão e é cantor.
Para apreciar uma boa música e falar com o artista é só caminhar pelo cartão postal da cidade durante o dia e a noite, em esquinas, em frente a prédios e parques. As apresentações são sempre gratuitas, mas quem quiser pode ajudar com um trocado para os músicos.
Foto: Bruna Trindade/ Músicos tocam de jazz a MPB em ruas para entreter visitantes e frequentadores |
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