Reinserção de jovens e adultos na educação

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Projeto de EJA em São Paulo atendeu mais de 250 mil em 2014.

Foto: Ciete Silvério/ Fotos Públicas (28/10/2014)
O Colégio São Paulo, na região da Mooca, oferece um curso de EJA (Educação para Jovens e Adultos) para a comunidade de forma gratuita, desde aulas a materiais didáticos para todos os seus alunos. O objetivo da escola é ajudar essas pessoas a retornarem ou avançarem no mercado de trabalho.

O coordenador e professor da escola, José César Fonseca, comenta a importância do EJA para a vida profissional dos alunos. “O programa proporciona mais que a conclusão do ensino básico, mas também a oportunidade de colocar em seu currículo a formação em um colégio de renome”. O projeto atende desde o segundo semestre de 2014 e possui alunos com uma média de 22 anos, com somente três maiores de 40.

Jovens e adultos que pararam de estudar para aumentar a renda familiar retornaram às escolas e universidades em busca de ascensão profissional. “Através da conclusão do ensino fundamental e médio, os alunos podem melhorar de emprego”, diz a coordenadora pedagógica Cristiane Araújo, da escola estadual Horácio Quaglio.

Novos incentivos instituídos nos últimos anos, como Bolsa Família, ProUni e Sisu facilitaram que essa parcela da população retornasse à vida acadêmica. “Seria necessário mais políticas públicas, e o incentivo de adultos para buscarem através desses projetos a conclusão do curso. Pois a sociedade ainda vê o EJA como uma má formação”, relata a coordenadora.

Em São Paulo, há mais de 1,6 mil escolas que oferecem o EJA para que isso fosse possível. Segundo a Assessoria de Imprensa do Estado de São Paulo, só em 2014, o programa atendeu mais de 250 mil alunos matriculados em escolas públicas paulistas. Além das matérias habituais escolares, os docentes também recebem um kit com conteúdo sobre mercado, a história do trabalho no mundo e Brasil e até mesmo orientações para elaboração de currículos.

Através de uma pesquisa feita pelo Instituto Data Popular, entre os anos 2003 e 2013, constatou-se que a escolaridade do brasileiro aumentou oito pontos percentuais, saindo de 28% no início da década para 36% da população que tinha ensino médio completo ou incompleto. O estudo constatou que houve aumento no nível superior, com alta de 12% para 14% da população trabalhadora que ingressou em universidades.


Com o aumento da procura dos programas, haverá um aumento gradativo da educação no país. Para ingressar no EJA, o candidato deve procurar a escola mais próxima que participa do projeto com o RG, comprovante de residência, e o histórico escolar para um teste de equivalência. A idade mínima para candidatos do ensino fundamental é de 15 anos completos, e para o ensino médio 18. As matrículas são realizadas em cada início de semestre.

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